30 de junho de 2011

Como cozinhar um estado falhado em 10 passos:

1- Arranje um lugar algures no continente africano..de preferência na África Sub-Sahariana.
2- Estimule a venda de escravos durante séculos.
3- Faça com que os Europeus dividam os territórios,usando réguas e esquadros numa conferência qualquer...por exemplo uma em Berlim.
4- Misture no mesmo espaço diversas etnias sem que tenham interiorizado o conceito de estado-nação.
5- Faça com que a independência desse país da colonização europeia se faça rapidamente, sem um períodos de transição e sem que os novos governantes façam a mínima ideia do que é governar um país.
6- Se possível faça com que haja petróleo ou outros minérios que despertem a cobiça de todos.
7- Ponha um ditador no poder e um povo maioritariamente analfabeto que bata palmas ao mesmo.
8- Garanta que os governantes não vêm um palmo à sua frente- não será muito difícil acredite!
9- Promova um culto da mediocridade como diria Chinua Achebe
10-Para que as coisas continuem neste caminho de sucesso, garanta que há de vez em quando, golpes e contra-golpes de estado e que os militares tenham sempre um papel activo, quiçá primordial na sociedade.

Verá que seguindo estes passos, terá todas as condições para ter um Estado falhado do qual se poderá orgulhar!

A.Casimiro
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5 comentários: on "Como cozinhar um estado falhado em 10 passos:"

Nandi disse...

a pergunta que vale um milhão é: como conseguiremos quebrar esse ciclo? há registo de países que estiveram na mesma situação e que contornaram esse cozinhado? quais foram as estratégias bem sucedidas? por onde se começa? só perguntas meu caro.

A. Casimiro disse...

Não acredito na fatalidade do nosso destino e acredito piamente que é possível alterar as coisas.
Vamos discutir caminhos?

Thandive Sila disse...

Boa idéia para o início de uma nova reflexão ;)

beijo de mulata disse...

Cidadania e movimentos! É sobretudo preciso criar auto-estima, cultura e acesso à informaçao... Difícil, eu sei!
Parabéns pelo blog! Continuem, por favor.

(um) beijo de mulata

A. Casimiro disse...

Pelo menos ficamos com a sensação de contribuir para despertar consciências. Vamos ver no que dá!

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